O Secretário Regional do Ambiente e Ação Climática, que presidiu à cerimónia de abertura das comemorações do 20.º aniversário da classificação da Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico como Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO, destacou “o tesouro inestimável, reconhecido mundialmente pela extraordinária beleza cénica e importância cultural, económica e histórica, que retrata a natureza vulcânica da ilha e a evolução histórico-cultural de cinco séculos de ocupação humana de um território isolado e repleto de constrangimentos físicos e naturais”.
A Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, Património Mundial da UNESCO, ocupa uma área total de 987 hectares, envolvida por uma zona tampão com 1.924 hectares, sendo composta por uma faixa de território que abrange parcialmente as costas norte e sul, e a costa oeste da ilha, implantados em extensos campos de lava caracterizados por uma excecional riqueza e beleza natural e paisagística.
O governante sublinhou que “em 2024, foram contemplados pelos incentivos financeiros à manutenção das paisagens tradicionais da cultura da vinha 416 beneficiários da ilha do Pico, num investimento superior a 1,8 milhões de euros, o maior de sempre, com vista à manutenção de aproximadamente 869 hectares de vinha, o que representa uma evolução muito significativa para uma área recuperada sete vezes superior à área em produção no ano de 2004”.
O programa do evento incluiu também uma mesa-redonda, com um painel de oradores composto por Manuel Tomás, Maria Jesus Pimentel e Pedro Cunha Silva, moderado por Milton Dias, tendo sido protagonizados ainda diversos momentos artísticos, designadamente uma pintura ao vivo, por Djervy Santos, uma atuação musical de viola da terra, com Mónica Goulart, e uma atuação do Grupo Folclórico da Casa do Povo da Madalena.
RL/GRA