
O Bloco de Esquerda Açores entende que a defesa dos produtores de leite dos Açores passa pela criação de um mecanismo de regulação do mercado por parte da União Europeia e por uma aposta na diferenciação pela qualidade, que passa pela substituição do inventivo à importação de rações com organismos geneticamente modificados pelo apoio à produção de forragens para a alimentação do gado.
Catarina Martins, coordenadora nacional do BE, numa visita à fábrica da Unileite, em São Miguel, hoje, salientou a importância do regresso da regulação ao mercado do leite pela União Europeia, e defende também a imposição de regras claras para a grande distribuição, para impedir que continuem a esmagar os pequenos produtores: “Temos que proteger o emprego e a economia”.
A líder do BE, disse ainda que, para potenciar a diferenciação pela qualidade, “é importante apostar noutras áreas como a produção das próprias forragens nos Açores para que não haja importações de rações com OGM, por forma a garantir a extraordinária qualidade que têm os laticínios dos Açores”.
Zuraida Soares, coordenadora do BE Açores, e candidata a deputada pela ilha de São Miguel, diz que “as políticas regionais para a agricultura e para a lavoura têm sido mal concebidas e mal direcionadas” e reforça que o caminho para alcançar um “leite valorizado e bem pago aos produtores” é preciso apostar na produção extensiva, com recurso à pastagem e não com recurso às rações importadas dos EUA.
GI BE Açores/RL Açores