Bispo dirige mensagem de Natal a partir do Estabelecimento Prisional de Angra e lembra que é possível  “humanizar todos os ambientes, servir toda e qualquer vida” para além “de cada erro ou fracasso”

D. Armando Esteves Domingues escolheu este ano o Estabelecimento Prisional de Angra para dirigir a sua habitual mensagem de Natal a todos os diocesanos para lembrar que mesmo atrás das grades, na privação da liberdade, é possível ter esperança.

“A esperança do Natal diz-nos que valemos não pelo que fomos, mas pelo que somos e sonhamos ser. Gostaria de poder abraçar cada um e cada uma dos que estão privados da sua liberdade, aqui neste estabelecimento prisional e em todos os outros, abraçar os seus responsáveis, os guardas prisionais e pessoal de serviço e dizer-lhes: a humanidade de Jesus diz-nos que é possível humanizar todos os ambientes, servir toda e qualquer vida” refere o bispo de Angra na sua mensagem de Natal.

“Para além de cada história e de cada erro ou fracasso, a vida é sempre um dom, merece ser vivida com dignidade e celebrada mesmo se privados de liberdade. Cada noite dá lugar ao dia, como a cada noite da vida se segue invariavelmente um dia novo, uma luz de esperança que nos fará melhores” refere o bispo de Angra.

“Não desistam! Nunca desistam! Ninguém se entregue ao desânimo. Mesmo quando tudo parece estar a desabar” num lugar que pode simbolizar “o silêncio, o castigo e a dor” mas que é também um lugar onde “Deus cura se assim o permitirmos”.

“No Natal não celebramos uma recordação, mas uma profecia. Naquela noite o sentido das coisas tomou uma nova direção: a história recomeça a partir das margens da pequenez, onde está todo o sofrimento humano, mas também todos os seus sonhos”, afirma salientando que o “nascimento de Jesus foi uma boa notícia para os pobres, os últimos, os anónimos, os esquecidos , os sem liberdade”.

“Um Santo e Feliz Natal com todos, todos, todos: Vamos juntos encarar 2025 caminhando juntos na Esperança para alcançarmos um futuro de paz, um futuro de amor e liberdade” conclui o bispo de Angra.

RL/IA