Comissão de Ilha da CDU São Jorge acusa os executivos de entregarem os concelhos da ilha  ao turismo e a “pseudo-soluções” inovadoras

Os eleitos CDU nas Assembleias Municipais de Calheta e Velas manifestam preocupação com as políticas seguidas pelos executivos de ambos os municípios. Em nota de imprensa, a Comissão de Ilha da CDU São Jorge acusa os executivos de entregarem os concelhos ao turismo e a “pseudo-soluções” inovadoras e de ignorarem as necessidades sociais, ambientais e económicas da ilha. Segundo a comissão são “opções de “independentes alaranjados” e de CDS a que se aliam PS e PSD.

A CDU afirma não ser contra o turismo, mas “entende que a navegação à vista entregue a modas não é política adequada”.

“A eventual construção de um empreendimento turístico de 5 estrelas na antiga zona de exploração de inertes da Queimada e a total submissão do executivo do CDS a interesses privados é revelador de uma falta de visão estratégica e de consciência ambiental, social, paisagística e até económica. O que à primeira vista pode parecer um investimento estratégico e de futuro, nada mais é que um engodo que só engana quem quer ser enganado. Este putativo investimento não irá criar mais postos de emprego para os jorgenses nem lhes melhorará os rendimentos (antes pelo contrário, pode ser mais um fator de aumento do custo de vida). Representa um risco ambiental, é uma megalomania e, a suspensão do PDM e POOC, representa uma injustiça para todos os jorgenses que os precisam de cumprir à risca e que vêm quem tem dinheiro ser lhe dado privilégios que não lhes são acessíveis.” pode-se ler no comunicado.

A CDU São Jorge considera, ainda, “que este empreendimento não trará riqueza acrescentada, para além daquela que resultará do processo de construção e que a curto/médio prazo, fruto da volatilidade do setor do turismo, corre o risco de se transformar num elefante branco. Por outro lado, o executivo da Calheta tem a feliz ideia de criar uma incubadora de empresas.” ACDU São Jorge questiona para o que é que esta incubadora irá servir e afirma que “não é de uma incubadora de empresas que a Calheta precisa”. No ponto de vista da CDU “o que a Calheta precisava era de um executivo forte que defendesse a “Capital das Fajãs” com dignidade que ela merece”.

RL/CICDUSJ

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