Complementaridade de oferta entre ilhas deve nortear o desenvolvimento do setor do Turismo, afirma Vítor Fraga

O Secretário Regional do Turismo e Transportes afirmou, na Madalena, que os Açores são claramente um destino com uma matriz de natureza, frisando que é nessa “perspetiva de natureza e da complementaridade de oferta entre todas as ilhas” que deve continuar o desenvolvimento do setor e a promoção além-fronteiras.

Vítor Fraga, que falava sábado aos jornalistas, após participar num painel sobre turismo na ilha do Pico, no âmbito do 1.º Festival Sentir o Pico, frisou que os principais pilares do turismo açoriano “assentam na sustentabilidade económica, ambiental e social”.

Nesse sentido, salientou que, para o Governo dos Açores, o turismo só é bom “se for efetivamente bom para quem cá vive”, acrescentando que “é com base nisto que temos que continuar a construir um destino turístico que é considerado o mais sustentável do mundo e é a única região do mundo que tem o prémio Quality Coast Platina”.

“Estes são dois galardões que dizem bem aquilo que nós somos e a mensagem que podemos passar”, afirmou.

Relativamente à ‘ilha montanha’, o titular da pasta do Turismo frisou que, em termos dos principais indicadores do turismo, “o Pico acompanha a tendência da Região, com um crescimento da ordem dos 20%, o que corresponde ao bom momento que se vive no setor”, que é marcado “não só por estes bons indicadores que temos, mas sobretudo pela confiança que o próprio setor gera junto dos empresários”.

Como prova dessa confiança, Vítor Fraga salientou o facto de “existirem atualmente pedidos de aprovação prévia para o estabelecimento de 300 novas camas no Pico”.

No que se refere a um eventual reforço de ligações aéreas, Vítor Fraga lembrou que este é o ano zero de aplicação do novo modelo de acessibilidades e que, como tal, “está a ser feita uma avaliação e, na devida altura, a companhia aérea dará resposta às tendências naturais da procura, tal como fez já este ano”.

“No âmbito do novo modelo de acessibilidades à Região, o Pico teve uma duplicação daquilo que era o número de voos estabelecido pelas Obrigações de Serviço Público e, no decorrer do ano, houve um reforço das próprias ligações, de forma a dar resposta à procura natural que estava a existir durante o verão”, acrescentou.

Vítor fraga abordou ainda a nova operação recentemente apresentada pela TUI, que ligará Amesterdão ao Pico, frisando que ela vai utilizar esta ilha como uma porta de entrada.

Para o Secretário Regional, esta ligação “é mais do que uma operação, porque efetivamente passamos a ter mais uma porta de entrada na Região, proveniente da Europa, que irá alimentar não só o Pico, mas todo o Triângulo”.

Vítor Fraga considerou que a capacidade instalada, ao nível do número de camas “naturalmente que satisfaz”, frisando que esta operação “não surgiu do nada, ela foi avaliada pelo operador” antes de a tornar pública e de a colocar nos seus circuitos de venda.

Vítor Fraga recordou que está em fase final de elaboração o Plano Estratégico e de Marketing para o Turismo com o Horizonte 2020, seguindo-se o Plano de Ordenamento Turístico da Região Autónoma dos Açores (POTRAA), acrescentando que “o POTRAA é que irá definir qual é a capacidade de carga que deve existir em cada uma das ilhas”.

“Eu diria que, em termos daquilo que é a oferta hoteleira no Pico, temos seguido um bom caminho”, afirmou o Secretário Regional.

GaCS/RL Açores