Equipas de Apoio Domiciliário “serão a base” da Rede de Cuidados Integrados em Saúde Mental, afirma Luís Cabral

O Secretário Regional da Saúde afirmou hoje, em Ponta Delgada, que a tutela está a preparar, em conjunto com os parceiros sociais, um diploma que define a Rede Regional de Cuidados Continuados Integrados em Saúde Mental.

Esta Rede, segundo Luís Cabral, visa “o acompanhamento dos doentes com o rigor e a qualidade necessários à sua condição, indo de encontro às evidências científicas nesta área”.

Luís Cabral assistiu hoje à formação dos profissionais de saúde que vão integrar as Equipas Móveis de Apoio Domiciliário Integrado em Saúde Mental, um projeto que visa potenciar o trabalho em rede, baseado no saber e na prática de equipas multidisciplinares, onde “a saúde mental comunitária se alicerça e se constrói”, acrescentando que estas equipas “serão a base da Rede Regional de Cuidados Continuados Integrados em Saúde Mental”.

“A introdução no Plano Regional de Saúde de uma área de intervenção específica para a promoção da saúde mental concretizou a necessidade indispensável de impulsionar a integração dos cuidados de saúde mental no sistema de saúde regional, tanto a nível dos cuidados primários como dos hospitalares e dos cuidados continuados, de modo a facilitar o acesso e a diminuir a institucionalização” frisou.

Nesse sentido, salientou o Secretário Regional, surge a implementação, em S. Miguel, do projeto piloto de Equipas Móveis de Apoio Domiciliário Integrado em Saúde Mental, que depois se estenderá às restantes ilhas e que visa “reduzir o impacto das perturbações mentais na Região, quer pela promoção da saúde mental da população a partir da prestação comunitária de cuidados psiquiátricos, quer pela libertação dos serviços especializados na área”.

Luís Cabral destacou ainda o facto de se dar a possibilidade a muitos doentes que tenham essa capacidade de serem “acompanhados no seu contexto familiar” com o apoio de equipas domiciliárias, o que significa “um esforço grande por parte dos cuidados de saúde primários que necessita do devido apoio técnico e científico”.

O titular da pasta da Saúde salientou também que esta medida vai “permitir melhorar, pelos cuidados de aproximação a estes doentes, a sua qualidade de vida, bem como da rede familiar envolvida, assim como a libertação dos serviços especializados na área do seguimento dos casos mais graves de doença mental, diminuindo consecutivamente a institucionalização e minimizando os custos em saúde mental e psiquiátrica, prevenindo reinternamentos”.

“Essas alterações devem ser feitas com qualidade e critérios de continuidade, de modo a não criar instabilidade no dia-a-dia desses doentes”, frisou o Secretário Regional da Saúde.

GaCS/RL Açores