Na passada sexta-feira, a FAPA (Federação das Associações de Pais e Encarregados de Educação dos Açores) afirmou, levando em conta os acontecimentos recentemente tornados públicos e decorridos na Escola Francisco Ornelas da Câmara, que “ urge com a Secretaria Regional da Educação e Assuntos Culturais para que adote medidas concretas e consequentes para garantir a segurança dos alunos das escolas dos Açores” .
“A FAPA tem vindo a alertar a Secretária Regional da Educação, Sofia Ribeiro, e o Diretor Regional da Educação, Rui Espínola, para a recorrente falta de meios humanos e técnicos nas escolas dos Açores que garantam a segurança das crianças dos Açores, infelizmente, sem sucesso”, afirmou em Comunicado, mencionando, também, apelos à intervenção do Presidente do Governo Regional, à Direção Regional da Educação e à Administração Educativa.
A Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica e Secundária das Velas, também manifestou a sua preocupação acerca de algumas situações verificadas no início deste ano letivo 2022/2023. Realçando que “A EBS de Velas é composta por um edifício de grandes dimensões”, “ que está dedicado a mais do que um ciclo de ensino”, salientam a necessidade urgente de colocação de assistentes operacionais.
Rita Madruga, Presidente da Associação de Pais, em entrevista à Radio Lumena mencionou, ainda, a existência de rácios para determinar o número de funcionários necessários ao bom funcionamento da escola, no entanto, chama a atenção para o facto de “ vários funcionários da EBSV serem assistentes operacionais há mais de 30 anos, estão cansados e debilitados, com problemas de mobilidade, questões de saúde que os obrigam a estarem ausentes frequentemente e não reúnem, claramente, as condições físicas e mentais para desempenhar as funções que desempenharam nas últimas décadas.”, realçando que os “rácios não funcionam em todas as situações”.
Em concordância, a FAPA afirma que “ os problemas das escolas devem ser tratados caso a caso e de acordo com as especificidades de cada comunidade escolar. Tratar por igual aquilo que é diferente não é justo nem inclusivo e vai contra a base filosófica da Educação”. Salientou , ainda, que “há escolas equipadas com sistemas de videovigilância enquanto outras nem tão pouco possuem portões ou vedação que impeçam a entrada de pessoas estranhas às escolas. Com a falta de meios humanos, o problema agrava-se a olhos vistos”.