O Diretor Regional das Comunidades anunciou o lançamento do concurso Açores: Mar de Culturas, que visa contribuir para combater o racismo e a xenofobia numa região onde vivem imigrantes de mais de 80 nacionalidades.
Paulo Teves, que falava perante uma plateia de alunos da Escola Básica e Secundária de S. Roque do Pico, frisou que esta iniciativa pretende “promover a interculturalidade e incentivar os jovens açorianos a aprofundar conhecimentos sobre o fenómeno da imigração nos Açores, através do uso das novas tecnologias de comunicação e imagem”.
O Diretor Regional, que deu uma aula aberta sobre A interculturalidade nos Açores no século XXI, revelou que este concurso, organizado pelo Governo dos Açores, através da Direção Regional das Comunidades, se destina a alunos do 10.º e 11.º ano de escolaridade, bem como a alunos dos dois primeiros anos de cursos profissionais de nível 3 inscritos em estabelecimentos de ensino nos Açores no presente ano letivo.
Os alunos, salientou Paulo Teves, “deverão concorrer em grupos de três e apresentar um trabalho em vídeo sobre a temática da imigração nos Açores, podendo apresentá-lo em reportagem jornalística, histórica e/ou criativa”.
O tema para a produção de trabalhos é a imigração nos Açores, devendo ser privilegiada “a sensibilização da sociedade para as questões da igualdade, cidadania, diversidade cultural e combate à discriminação racial e cultural, entre outras”, acrescentou.
Cada grupo designará, obrigatoriamente, um professor que será responsável pelo acompanhamento da realização do trabalho, cuja entrega deverá ser feita na Direção Regional das Comunidades até 30 de maio, sendo o trabalho vencedor divulgado até 31 de julho.
A equipa vencedora e o professor responsável serão premiados com uma viagem a Genebra, na Suíça, onde terão a oportunidade de visitar diversas instituições internacionais na área das migrações, nomeadamente a sede da Organização Internacional das Migrações (OIM), para além de uma passagem por Lisboa.
Em declarações aos jornalistas no final da aula aberta, Paulo Teves disse acreditar que, graças às novas tecnologias e às redes sociais, os jovens açorianos “facilmente conseguem dar a conhecer aquilo que existe nos Açores, em espaços de segundos, aos açorianos que estão dispersos pelo mundo fora.”
RL/GaCS