A Secretária Regional da Saúde e Desporto, Mónica Seidi, presidiu, nesta segunda-feira, no Palácio da Conceição, à sétima reunião da ‘task force’ da luta contra as dependências e as novas substâncias psicoativas.
Um dos convidados da reunião foi um conjunto de elementos da ‘task force’ da Madeira, presidida pelo Secretário da Saúde e Proteção Civil do Governo do arquipélago, Pedro Ramos.
“Hoje é, acima de tudo, um dia para ouvir, para ouvirmos de quem tem estado no terreno a fazer este trabalho, porque todos achamos que ter um observatório regional seria uma enorme mais-valia, alguém que já tivesse a experiência de ter implementado um observatório e gostaria que saíssemos daqui com a possibilidade em aberto”, vincou Mónica Seidi.
Alexis Goosdeel, Diretor do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência e Psicólogo Clínico, foi outro dos convidados da sessão, e abordou o conceito de “everyone, everything, everywhere”, o que significa, grosso modo, que todos, em todos os lugares, estão sujeitos à adição.
O responsável acrescentou que, nos Açores, o facto de haver ainda o conceito de comunidade é importantíssimo, uma vez “que é necessária a intervenção da comunidade, nomeadamente do poder local e autárquico, que têm também uma enorme responsabilidade nesta luta”.
A Secretária Regional com a tutela da Saúde, a este respeito, foi perentória: “nunca se falou tanto em dependências como nos últimos oito meses, e isso denota uma abertura diferente perante este problema que é socialmente transversal, esta é uma luta de todos, independentemente das suas circunstâncias”.
“É uma luta inglória porque nunca está concluída, há sempre mais a fazer” reconheceu.
E prosseguiu: “é importante deixarmos uma estratégia de luta, porque o passado não deixou marcas significativas neste aspeto, e há que consolidar uma estratégia que tenha resultados a médio prazo”.
Nesse aspeto, foi introduzida nas equipas de rua (que agora existem também na Ribeira Grande) a presença de um infeciologista e de psiquiatra.
“É também por isso que, mesmo sem termos tido resposta do Infarmed ao nosso pedido de sujeitar os medicamentos com pseudoefedrina a prescrição médica, avançámos para o trabalho com a Comissão Regional de Farmácia e Terapêutica no sentido de, a nível local, tomarmos algumas medidas que permitam o controlo destas substâncias”, acrescentou Mónica Seidi.
O Governo Regional, concretizou, “mantém o trabalho árduo para corresponder a diversas expetativas, sendo que uma delas é a pergunta de como proteger a população e os consumidores”.
“Esta é uma pergunta à qual vamos responder juntos, com o apoio dos nossos parceiros nesta luta, todas as entidades que, desde o início têm estado connosco, acreditando que devem apoiar o executivo nesta tarefa”, rematou.
GRA/RL