PS aprovou lei que Vasco Cordeiro classificou como o “maior atentado à Autonomia dos Açores”, acusa Zuraida Soares

Zuraida Soares acusou hoje o PS de ter aprovado a lei do ordenamento e gestão do espaço marítimo que o próprio Vasco Cordeiro classificou, ainda esta semana, como o “maior atentado à Autonomia dos Açores” e como “uma forma de espoliar os Açores de uma das suas maiores riquezas”.

A candidata do BE subscreve inteiramente estas afirmações, mas salienta que Vasco Cordeiro “esqueceu-se de contar a história toda, e de dizer que esta lei que espolia a nossa Região dos seus recursos marítimos e que é um atentado à nossa Autonomia foi aprovada na Assembleia da República” com os votos favoráveis  do PSD, do CDS e também do PS, incluindo os deputados eleitos pelos Açores”.

A aprovação desta lei foi feita através de uma negociação liderada, por parte do PS, pela atual ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, quando era deputada.

Zuraida Soares salienta que “se alguém defendeu os Açores relativamente a esta espoliação e ataque à Autonomia, foi o Bloco de Esquerda, que conseguiu introduzir na lei uma alteração que garante o direito à participação e à informação das Regiões Autónomas em tudo o que diga respeito ao seu mar”.

“Vasco Cordeiro tem que começar a falar a verdade às pessoas”, disse a candidata do BE.

Numa ação de campanha realizada hoje no Faial, Zuraida Soares lançou um desafiou aos líderes partidários do PS, PSD e CDS: “Vasco Cordeiro, Artur Lima e Duarte Freitas têm que dizer com clareza o que vão fazer para alterar esta lei que espolia os Açores, que nos retira competências sobre o mar, e que permite a privatização do mar por períodos de 50 anos”.

A coordenadora do BE desafiou ainda Carlos César, enquanto mandatário e líder parlamentar do partido na Assembleia da República – a “dizer, antes das eleições, o que é que o seu grupo parlamentar vai fazer para alterar esta lei no sentido de garantir os direitos dos açorianos relativamente ao seu mar”.

Zuraida Soares quer ainda que o PS explique porque é que “não concorda com a proposta de alteração do BE ao Estatuto Político Administrativos dos Açores que pretende tornar obrigatória a concordância do Governo Regional para que seja tomada qualquer medida pelo Governo da República relativamente ao mar dos Açores”.

GI BE Açores/RL Açores