Rogério Veiros, deputado do PS eleito por São Jorge, refutou esta quarta-feira, na Assembleia Legislativa Regional, as críticas tecidas à Secretaria Regional da Saúde, afirmando que “as principais preocupações dos jorgenses foram asseguradas pelo governo do partido socialista”. Já o Secretário Regional da Saúde optou por explicar de que forma se procederá à implementação deste sistema e quais os seus benefícios.
“A manutenção de dois centros de saúde avançados com serviço de atendimento permanente e internamento, dada a orografia da nossa ilha e a distância a que os centros de saúde se encontram de parte da população da ilha de São Jorge”, foi um dos pontos apontados pelo deputado socialista.
Rogério Veiros afirmou ainda que quanto ao encerramento dos Laboratórios da meia noite às oito horas da manhã, essa “é, neste momento, uma questão consensual com os médicos de São Jorge e com a saúde em São Jorge e, por essa matéria, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista continuará sempre ativo e vigilante nesta matéria”.
O Secretário Regional da Saúde, em declarações à RL Açores, explicou em que moldes se está a processar a implementação deste sistema na ilha de São Jorge.
De acordo com Luís Cabral, o que ficou assente após várias reuniões com os médicos da Unidade de Saúde de Ilha, foi que “teríamos um modelo de funcionamento do laboratório das oito da manhã até à meia noite em funcionamento concomitante com o point of care e que a partir da meia noite até às oito da manhã iria ser possível utilizar os point of care com outro equipamento adicional que os médicos entretanto acharam que seria importante ter”.
O Secretário Regional afirmou ainda que “este foi o consenso encontrado entre todos para melhor responder à saúde dos jorgenses”.
Luís Cabral voltou a afirmar que os point of care se tratam de equipamentos viáveis e em constante evolução, apontando alguns exemplos, que só irão beneficiar os jorgenses.
“Os point of care existem e estão a ser desenhados e estão a ser cada vez mais desenvolvidos exatamente no sentido de poder responder às patologias urgentes”, frisou o responsável pela pasta da saúde.
Luís Cabral deu o exemplo de no caso de um enfarte, “em quatro minutos nós podemos ter uma análise que nos diz claramente se se trata d um enfarte com sinais de gravidade ou se não é um enfarte com sinais de gravidade”. O mesmo se aplica a casos de problemas respiratórios e aos parâmetros infecciosos, “se é uma infecção ou não, se é preciso antibiótico ou não”.
“Esses equipamentos (point of care) dão uma resposta imediata nessas situações, que são as situações que os jorgenses precisam de uma resposta pronta, eficaz e de qualidade para a decisão nas situações urgentes”, reiterou o Secretário Regional.
O governante afirmou mesmo que se não acreditasse neste sistema como médico não o implementava como Secretário, mostrando, assim, total confiança nos equipamentos.
Liliana Andrade/RL Açores