O PSD/Açores considerou hoje que o governo regional “não tem uma estratégia delineada para a gestão da SATA”, tendo “retirado músculo e competitividade à empresa, que perdeu 200 mil passageiros nos últimos 5 anos”, disse o deputado Jorge Macedo, frisando que “o tão propalado Plano Integrado de Transportes (PIT) não dá respostas a esta má gestão, nem às necessidade da companhia”, afirmou.
Segundo o social democrata, “o governo não conseguiu fazer valer as prioridades de gestão da SATA, que deviam incidir na melhoria das ligações inter-ilhas, em assegurar uma rede equilibrada nas ligações com o continente e em melhorar igualmente as ligações com a nossa diáspora”.
“Na verdade, o governo regional sacrifica a SATA para disfarçar a ineficácia da promoção turística dos Açores. E a SATA serve-se dos açorianos para pagar as loucuras da vossa gestão política”, criticou Jorge Macedo, realçando que a tutela “reduziu, nos últimos seis anos, as indemnizações compensatórias à SATA Air Açores em 25%, devendo o governo atualmente 20 milhões de euros à companhia”.
“A frota da SATA foi renovada e, em cinco anos, a taxa de ocupação dos aviões, baixou de 66% para 56%. Atualmente, o governo regional manda a SATA à procura de turistas, mesmo em rotas que dão prejuízo. E a última novidade, a de os Açores serem uma grande plataforma entre a Europa e os Estados Unidos, não passa de uma desculpa”, explica.
Para o deputado, “não bastam generalidades e intenções. Hoje e aqui é preciso saber o que é que o governo regional vai fazer com a empresa. É necessária uma transformação que tarda, e que a atual gestão já provou ser incapaz de levar a cabo. Mesmo se há mais um avião e mais 100 funcionários na empresa”.
Jorge Macedo acusou ainda o secretário regional dos transportes e turismo de não responder “às questões colocadas pelas diferentes bancadas deste parlamento. Há erros na gestão da companhia aérea regional que o PSD considera graves, e isso devia obrigar o governo a responder por eles”.
O deputado do PSD/Açores falou mesmo em “ausência” de Vitor Fraga no debate de hoje, frisando que “a opção do governo e do PS de devolver as questões a quem as fez, de modo a não responder, não colhe. E é lamentável que assim seja”, concluiu.
RL/PSD-A