O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas, defendeu, no Corvo, que “devem ser acarinhadas e incentivadas” as instituições mais jovens da diáspora, salientando que depende delas o futuro das relações entre a Região e as comunidades açorianas emigradas.
“Da sua integração em redes mais alargadas, para beneficiarem da experiência e do exemplo das mais antigas, e do entusiasmo que trazem os seus membros depende também, em grande medida, o futuro do relacionamento da Região com as Comunidades”, afirmou Rodrigo Oliveira, que falava sexta-feira no encerramento da XIX Assembleia Geral do Conselho Mundial das Casas dos Açores.
Na intervenção que proferiu nos Paços do Concelho do Corvo, salientou o “dinamismo e a proatividade da Casa dos Açores da Bermuda, criada há quase dois anos e que tem, entre as mais diversas idades e atividades, membros sabem o que é ‘arregaçar as mangas’ e bem servir a sua comunidade”.
“As Casas dos Açores e todas as associações, clubes, irmandades, enfim, todas as agremiações açorianas na diáspora, vivem da disponibilidade, da entrega, da dedicação de dirigentes e membros, que tantas vezes sacrificam a sua vida pessoal pelo amor que têm à Açorianidade e à sua comunidade”, frisou.
Para Rodrigo Oliveira, “isto acontece tanto em relação a instituições com muitos anos de existência, como em relação àqueles que têm a tarefa de criar, desde os alicerces, uma nova Casa dos Açores”.
“Durante estes quatro anos, o Governo dos Açores trabalhou com grande proximidade com todas as Casas dos Açores, acarinhou o alargamento geográfico da sua abrangência e é com satisfação que viu ampliada a sua rede de relacionamento e de parcerias a uma nova Casa dos Açores, a das Bermudas, e a uma Casa dos Açores que, criada no anos 80, decidiu, em 2013, celebrar o seu protocolo e estreitar relações com a Região, a da Baía”, afirmou.
O Subsecretário Regional salientou ainda que a realização desta sessão de encerramento na ilha do Corvo deve ser vista como “uma homenagem das Casas dos Açores à história e fibra dos Corvinos, um reconhecimento das singularidades, também internas à Região, da Açorianidade”.
“Aqui, no Corvo, à semelhança do que acontece em todas as décimas ilhas dos Açores, assume ‘proporções extraordinárias'”, frisou Rodrigo Oliveira, citando o texto de Raul Brandão sobre a mais pequena ilha dos Açores na obra ‘As Ilhas Desconhecidas’.
Os trabalhos da Assembleia Geral do CMCA dividiram-se sexta-feira entre as Lajes das Flores e o Corvo, incluindo conferências sobre a realidade e desafios das duas ilhas, pelos presidentes das câmaras municipais das Lajes, Luis Maciel, de Santa Cruz, José Mendes, e do Corvo, José Silva, e sobre os 40 anos de Autonomia, por Francisco Coelho, deputado regional e antigo presidente da Assembleia Legislativa.
Ainda integrado no programa do CMCA, decorre hoje, nas Lajes das Flores, a cerimónia de atribuição de medalhas de mérito, enquanto, no domingo, os representantes das Casas dos Açores participam, na ilha Terceira, na inauguração da exposição de pintura ‘Via Sacra Açores 2016’, uma iniciativa apoiada pela Direção Regional das Comunidades que contou com artistas da diáspora açoriana.
GaCS