O Secretário Regional da Saúde disse hoje que as medidas que visam soluções para reduzir as listas de espera cirúrgicas, devem ter como objetivo “um sistema que também dê resposta de forma contínua e dentro da atividade normal”.
Luís Cabral, que foi hoje ouvido pela Comissão de Assuntos Sociais, a propósito do projeto de decreto legislativo regional apresentado pelo CDS-PP, considerou que o diploma “é uma amálgama entre uma resolução de Conselho de Ministros e uma portaria nacional, que faz pouco sentido no caso da Região”.
Para o Secretário da Saúde, no caso dos Açores, é importante, em primeiro lugar, proceder a uma revisão das listas, estabelecendo prioridades clínicas e garantindo uma correta codificação das situações em espera, separando as pequenas cirurgias das listas de espera para cirurgia convencional.
Deve, também, reforçar-se a complementaridade entre os hospitais na Região, tendo Luís Cabral apresentado, como exemplo o caso dos médicos que não têm mais tempos de cirurgia, por falta de anestesiologistas no hospital de Ponta Delgada, mas que podem aproveitar essa disponibilidade para operar nos hospitais de Angra ou da Horta.
Está prevista a contratação de um anestesista para o hospital de Ponta Delgada, o que vai permitir a realização de um maior número de cirurgias, mas em algumas áreas ainda haverá disponibilidade para esta cooperação entre hospitais.
Luís Cabral disse também, na comissão dos Assuntos Sociais da ALRAA, que se pretende utilizar o vale-saúde, mas “de forma complementar”, de modo a evitar que as pessoas tenham de sair do lugar onde vivem. Está previsto o seu recurso nas especialidades de oftalmologia e cirurgia vascular, durante o ano de 2014.
GaCS