O início do ano letivo 2018/2019, que arranca hoje, fica marcado, em São Jorge, pelo encerramento de três escolas primárias na ilha. Uma no concelho das Velas, na freguesia de Santo Amaro, e duas no concelho da Calheta, nomeadamente as primárias da Calheta e da Ribeira Seca.
Ora, em declarações recentes aos jornalistas, Avelino Meneses, o Secretário Regional da Educação e Cultura, adiantou que este executivo tem “uma política de manter as escolas de localidade abertas até à medida do possível”, sendo que, segundo o governante, a medida do possível passa fundamentalmente por não ver “a ação pedagógica lesada”. E para Avelino Meneses essa mesma a ação pedagógica está lesada quando, por exemplo, “no primeiro ciclo é preciso colocar os alunos todos dentro da mesma sala ou, então, quando a socialização está em risco, ou seja, quando os alunos são tão poucos que efetivamente não têm capacidade de socializar, sendo que nesta era da globalização a socialização é algo muito importante”, tal como afirmou.
Ora, e referindo-se em concreto à escola de Santo Amaro, no concelho das Velas, havia um número de estudantes muito pequeno o que dificultava a ação pedagógica e a socialização dos próprios estudantes.
Já no caso da escola da Calheta, a nova escola entrará em funcionamento e obviamente, para Avelino Meneses, isso obrigará ao encerramento das escolas que estão na sua periferia.
Opinião semelhante têm precisamente os presidentes dos Conselhos Executivos das escolas em causa.
Foi com tristeza que encarou a decisão, mas também com a certeza que a nível pedagógico era a única atitude a tomar.
Foi assim que Vítor Bernardes, presidente do Conselho Executivo da EBS das Velas, reagiu ao encerramento da escola primária de Santo Amaro.
Também Fernando Pinto, presidente do executivo da Escola Básica e Secundária da Calheta, reagiu com naturalidade ao encerramento das primárias das freguesias da Calheta e Ribeira Seca, até porque foi feito um investimento muito grande na nova escola da Calheta.
Os alunos da Escola Básica e Secundária da Calheta podem já usufruir de grande parte da nova infraestrutura que deverá estar completamente concluída em janeiro de 2019.
Liliana Andrade/RL Açores
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