O Governo dos Açores vai iniciar o processo de candidatura do queijo de São Jorge DOP a Património Imaterial Mundial da UNESCO, para valorizar o produto. A informação foi revelada por António Ventura, secretário Regional da Agricultura, na recente visita estatutária do Governo a São Jorge.
A RL Açores esteve à conversa com os intervenientes diretos no fabrico e comercialização deste produto de excelência que se mostraram muito satisfeitos com este anúncio.
Para António Aguiar, presidente da Uniqueijo, apesar de ter havido uma diminuição da produção de leite, isso não vai afetar a capacidade de produção caso esta distinção venha a ser atribuída ao Queijo São Jorge DOP e haja um aumento da procura pelo produto, porque a mesma pode levar a um aumento até da produção de leite, acredita António Aguiar.
António Aguiar enalteceu a importância de dar destaque ao processo de fabrico único deste emblemático e distinguido produto.
O presidente da Uniqueijo valorizou ainda o facto de atualmente o preço médio do litro de leite pago ao produtor estar ligeiramente acima dos 48 cêntimos, considerando que este é um valor bastante elevado em relação ao que acontece em outras ilhas.
António Azevedo pela Confraria do Queijo São Jorge, responsável pela certificação deste produto DOP e pela sua divulgação, reagiu de forma muito positiva a esta iniciativa do Governo Regional em candidatar o Queijo São Jorge DOP a Património Mundial Imaterial da Unesco.
Uma distinção que para a Confraria será possível e mais que justa.
António Azevedo defendeu ainda a importância de preservar a história do fabrico e produção do Queijo São Jorge DOP.
A candidatura do Queijo São Jorge DOP para Património Imaterial Mundial da UNESCO a submeter à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) abrange “o saber fazer” relacionado com todo o processo de fabrico do queijo de São Jorge, “em que não há alteração desde a sua origem, desde os povoadores, até agora”, revelou recentemente o Secretário Regional da Agricultura.
O Governo dos Açores vai criar uma comissão técnica que irá preparar a candidatura, um processo que “poderá demorar de um ano a dois anos”.
A candidatura em causa envolverá o Governo Regional, as autarquias, os produtores e a Federação Agrícola dos Açores.
RL Açores