
O som é inconfundível e a simbologia do instrumento desperta um sentimento que toca a qualquer açoriano em qualquer parte do mundo – ou não fosse a emigração, a simbologia do coração que parte e que fica, a coroa do Espírito Santo – as grandes marcas da Viola de dois corações, da tão açoriana Viola da Terra.
Celebrou-se no dia 2 de outubro o Dia da Viola da Terra. A data foi assinalada na ilha de São Jorge na quinta-feira, dia 3, por iniciativa de Renato Bettencourt, um apaixonado pela Viola da Terra, com o total apoio da Associação Cultural e da Câmara Municipal das Velas.
Destaque neste dia para a inauguração da Exposição “Violas de São Jorge”, todas elas da autoria de construtores jorgenses, como fez saber Renato Bettencourt.
Em tempos São Jorge teve alguns construtores de Violas da Terra, na sua maioria da zona do Topo, sendo que hoje em dia há apenas um – Raimundo Leonardes – que, para Renato Bettencourt, é o melhor dos Açores.
Renato Bettencourt falou ainda sobre a simbologia da Viola da Terra que tem um significado único.
No caso de Renato a paixão pela Viola da Terra surge por influência familiar.
As comemorações do Dia da Viola da Terra estenderam-se, assim, de quinta a domingo, contando ainda com um concerto do Coro e Orquestra José Damião de Almeida acompanhado pela Viola da Terra na Casa Museu Cunha da Silveira. Já ao palco do Auditório Municipal das Velas, no sábado à noite, subiu Fadoalado, um grupo de Fado da ilha Terceira.
Liliana Andrade/RL Açores
