
O Secretário Regional Adjunto da Presidência para os Assuntos Parlamentares defendeu hoje, em Lisboa, que “pela sua história, pelo seu contributo para a coesão nacional, pelos seus recursos naturais e pela sua localização, é inegável que as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira são determinantes para uma maior afirmação de Portugal na Europa e no mundo”.
Berto Messias, que falava no painel ‘As Autonomias Regionais’, numa aula promovida pelo Comando do Instituto Universitário Militar, no âmbito do Curso de Promoção a Oficial General, destacou “o contributo das regiões para o engrandecimento da dimensão atlântica e geopolítica de Portugal”.
“Façamos um exercício simples. Se abrirem um planisfério, verificam que, no centro desse planisfério, ou seja, no centro do mundo, estão os Açores. Essa centralidade, tendo em conta a emergente economia azul, na gestão dos recursos marinhos e nas dinâmicas comerciais por via marítima, é um dos mais importantes ativos da política externa portuguesa”, frisou.
Para Berto Messias, “associando esta perspetiva comercial, à relevância das relações bilaterais com os EUA, cujo epicentro está na presença norte-americana na Base das Lajes, na ilha Terceira, verificamos a grande importância que os Açores constituem para o todo nacional, e é imperativo que os órgãos de soberania tenham consciência disso”.
Na sua intervenção, o Secretario Regional fez um enquadramento global da evolução da Autonomia dos Açores, salientando todas as etapas do processo autonómico, os enquadramentos constitucionais e legais deste regime, assim como os órgãos de governo próprio dos Açores.
Berto Messias abordou ainda as forças militares portuguesas em serviço nos Açores, realçando “a importante cooperação existente e o serviço público prestado aos Açorianos pelos militares nas evacuações médicas, na busca e salvamento, na vigilância do espaço marítimo e na defesa nacional”.
Nesse sentido, considerou “fundamental que não se descurem os meios humanos e técnicos existentes no arquipélago”.
Berto Messias frisou a importância de “os futuros oficiais das Forças Armadas portuguesas, bem como os órgãos de soberania, nunca se esquecerem que Portugal é um Estado unitário com Regiões Autónomas que acrescentam muito à dimensão do país”.
GaCS/RL Açores