
Fazem parte deste grupo informal de trabalho de acompanhamento da candidatura das fajãs de São Jorge a Reserva da Biosfera pela UNESCO várias entidades, entre as quais os presidentes das autarquias da ilha. Ambos os autarcas salientaram, esta terça-feira, a importância que um galardão deste género trará não só para os seus concelhos mas para a ilha em geral.
Décio Pereira, presidente do Município da Calheta, mencionou que é preciso que “nenhuma classificação venha pôr em causa” a cultura e a identidade das fajãs, trazendo sim benefícios, como promoção com qualidade e emprego para a população.
“O que pedi para ser salvaguardado é que nenhuma classificação venha pôr em causa aquilo que é a cultura de cada fajã e a identidade delas, aquilo que levou à sua origem, à sua construção, o que penso que é fundamental para não se estar só aqui a impor um conjunto de regras”, frisou o autarca Calhetense.
Décio Pereira ressalvou que o que se pretende é que desta candidatura advenha “um conjunto de benefícios que tragam bem-estar às pessoas que aqui vivem e também que possam sempre não só promover a ilha com qualidade, mas também criar emprego”.
Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal das Velas, Luís Silveira, salientou que até os produtos jorgenses caso a candidatura seja aceite poderão apresentar o galardão, o que será bom para a sua promoção. Destacando ainda a vinda de mais turismo para a ilha.
“Aquilo que é a unidade das Reservas da Biosfera no mundo todo pode trazer benefícios para a nossa ilha, nomeadamente em termos turísticos para a nossa ilha. Aquilo que o concelho das Velas poderá ter como mais-valia é a atração de mais visitantes, até porque seremos uma Reserva da Biosfera que tem uma amplitude muito grande a nível mundial”, frisou o presidente do Município Velense.
Ambos os autarcas consideraram que a candidatura está num bom caminho para ser aceite, realçando os fatores únicos das Fajãs de São Jorge.
Liliana Andrade/RL Açores