
O Secretário Regional da Educação e Cultura reafirmou esta segunda-feira, em Ponta Delgada, que o sistema educativo regional está dotado dos recursos humanos, docentes e técnicos, necessários ao seu normal funcionamento.
Avelino Meneses, que falava à margem da reunião do Conselho Coordenador do Sistema Educativo Regional, sublinhou que com mais professores e menos alunos no sistema “não pode haver falta de apoio docente”.
“No ano letivo 2014/2015 lecionavam nos Açores 5.400 professores e no ano letivo 2017/2018, quando já se apregoava a falta de docentes, lecionavam 5.700. Isto aconteceu numa conjuntura em que, em 2015, tínhamos 47 mil alunos e agora, em 2019, temos 41 mil”, frisou.
“Com mais professores, mais 300, com menos alunos, menos 6.000, não pode haver falta de apoio docente”, salientou o titular da pasta da Educação.
O governante açoriano reconheceu, no entanto, que “pontualmente pode haver falta de professores para apoios e substituições”, decorrente das “muitas” baixas médicas apresentadas.
Avelino Meneses reconheceu igualmente que há menos professores no mercado e que essa situação “se agravará no país e na Região nos anos mais próximos”.
Esta situação, acrescentou, decorre do envelhecimento da classe docente e da sua passagem para a situação de aposentação, mas também da “quase nula ou, pelo menos, insuficiente formação” pelas universidades de professores nos últimos 20 anos.
Para o Secretário Regional da Educação, este é um problema que “um governo não pode resolver de um momento para o outro”, mas que está do lado do ensino superior, “que beneficia de uma autonomia própria e que terá de fazer a devida análise da situação”.
Também por estas razões, a que acrescem as condições criadas para o exercício da atividade docente nos Açores, nomeadamente um melhor sistema de avaliação, de progressão e descongelamento de carreiras e de concursos, o Governo “não está a equacionar” a possibilidade de reativar os incentivos à fixação de professores, afirmou Avelino Meneses.
GaCS/RL Açores