O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou, em Bruxelas, que o Azores International Research Center “deve estar formalmente constituído no decorrer de 2017”, acrescentando que se prevê que tenha “um figurino jurídico semelhante a outros centros de investigação internacionais, como o CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) ou o INL (Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia)”.
Fausto Brito e Abreu falava à margem do 6.º workshop ‘Atlantic Interactions: Knowledge, Climate Change, Space and Oceans’, organizado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia para debater a agenda do futuro Azores International Research (AIR) Center.
Este centro de investigação internacional sobre o espaço, as alterações climáticas e o oceano terá, para além da dimensão científica, “uma dimensão de negócios muito importante em várias áreas, como por exemplo, o espaço”, frisou o Secretário Regional.
“Há várias empresas interessadas em utilizar os Açores como uma plataforma de lançamento de microssatélites”, adiantou, defendendo que poderá vir a existir na Região “um pequeno ecossistema de empresas ligadas ao espaço que criem sinergias entre si”.
As empresas presentes neste workshop “mostraram interesse em participar nos investimentos do AIR Center”, afirmou Brito e Abreu, lembrando que este centro investigação “beneficiará das infraestruturas existentes” no arquipélago.
Segundo o governante, o Comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, bem como vários representantes das direções gerais do Mar, do Mercado Interno, Indústria e Empreendedorismo da Comissão Europeia “mostraram grande entusiasmo pela ideia a instalação de um centro com estas caraterísticas nos Açores”.
Fausto Brito e Abreu enalteceu o “extraordinário trabalho que o Ministro da Ciência, Manuel Heitor, e o Presidente da FCT, Paulo Ferrão, têm desenvolvido” na agregação de apoios internacionais para a criação do AIR Center, “incluindo parceiros do Atlântico Sul, como o Brasil e África do Sul”.
GaCS/RL Açores