
O candidato do PSD/Açores a presidente do governo garantiu hoje que vai promover “uma nova visão de incentivos à sociedade civil”, assente “num relacionamento diferente, baseado em contratos plurianuais de apoio, de forma a haver mais liberdade e clareza na relação da tutela com as instituições”, afirmou.
Duarte Freitas falava à saída de uma reunião com o Clube Naval de Vila do Porto, em Santa Maria, explicando que se estava a referir “aos apoios a clubes navais, a associações agrícolas ou de pescadores, a entidades que possam ter projetos válidos de médio e de longo prazo”, avançou.
“Estamos a falar também, e concretamente aqui no caso de Santa Maria, no recreio náutico, nas escolas de vela, no mergulho, e em eventos internacionais que têm de se projetar com 3 ou 5 anos de antecedência. Que são a base para uma promoção eficaz das nossas ilhas no exterior, garantindo a vinda de visitantes”, defendeu.
“Queremos que as instituições possam implementar esses projetos, independentemente das orientações políticas, e de terem ou não críticas a fazer ao governo. Que muitas vezes são precisas e valiosas, para alertar sobre o que está mal”.
Para Duarte Freitas, “a sociedade civil deve andar de mãos dadas com o governo na promoção e na defesa do desenvolvimento dos Açores, não podendo ser apenas um sujeito das ações do governo”.
O candidato do PSD/Açores referiu que, “infelizmente, há casos em que algumas organizações, em vez de defenderem os seus associados junto do governo, quase defendem o governo junto dos seus associados”, lamentou.
“Tudo isto encerra uma visão diferente do relacionamento com a sociedade civil”, frisou Duarte Freitas, recordando as propostas de criação “de um Conselho Económico e Social independente e fora da tutela do governo”, assim como “da presença direta das nossas organizações em Bruxelas”.
“Queremos dar as mãos à sociedade civil e não aprisionar as instituições, como tantas vezes já aconteceu nestes 20 anos de governo socialista”, concluiu.
À tarde, e durante uma visita ao Bairro da Brasília, junto do Aeroporto, Duarte Freitas, acusou o Governo Regional de ter ficado “sentado à sombra da bananeira” durante 20 anos, no que diz respeito “a resolver a recuperação desta zona habitacional, preferindo combater a autarquia em vez de ajudar as pessoas”, criticou.
“O Governo Regional esteve anos e anos a reivindicar a passagem deste espaço da República para a Região. E agora, em vez de entrar num acordo com a autarquia para tentar recuperar as estruturas, dotando a zona de melhores condições, está a avançar sozinho na venda das casas, sem resolver problemas profundos em edifícios com mais de 40 anos”, afirmou.
“Em Santa Maria, onde a câmara é do PSD, o Governo Regional tem esta postura lamentável”, disse Duarte Freitas, dando como exemplo o facto de “cada vez que chego ao Corvo, a primeira coisa que faço é cumprimentar o presidente de câmara que é socialista. Em Vila do Porto, o Governo Regional preferiu voltar as costas à autarquia”.
“Este é mais um dos efeitos da arrogância socialista, neste caso com a falta de cooperação face a um poder local com uma diferente cor partidária. Com um governo do PSD e chefiado por mim, garanto que esta postura nunca irá acontecer, porque temos de colaborar uns com os outros para defender os Açores”, concluiu.
GI PSD Açores/RL Açores