Emissão obrigacionista é um enorme sucesso e permite poupar 3,3 ME por ano à Região e aumentar as receitas dos hospitais em 26 ME em oito anos

O Vice-Presidente do Governo realçou esta segunda-feira, em Ponta Delgada, “o enorme sucesso da operação do empréstimo obrigacionista da Saudaçor”, salientando que “com esta emissão conseguiu-se obter uma taxa de juro fixa a oito anos apenas a 0,49%, algo que há algum tempo atrás seria verdadeiramente impensável”.

Sérgio Ávila, que falava na sessão de admissão do empréstimo obrigacionista da Saudaçor na Euronext Lisbon, sublinhou igualmente que “esta taxa de juro fixa a oito anos permitirá não só estender a maturidade, mas permitirá essencialmente uma enorme poupança para a Região”.

A Saudaçor consegue uma taxa fixa de 0,49%, o que traduz, de acordo com o governante, a capacidade e a forma como os mercados avaliaram a capacidade financeira da Região, a saúde financeira da Região e a valorização da Região, assim como a melhoria do rating, nos últimos meses.

Segundo disse, “esta não é apenas uma taxa de juro que baixa, não é apenas uma avaliação extremamente positiva do mercado, o que fizemos aqui foi uma operação de refinanciamento, ou seja, de substituição de um financiamento por outro e conseguimos com esta operação, lançando-a no mercado, reduzir em seis vezes a taxa desse mesmo financiamento”.

Uma redução que, na prática, “significa uma poupança de 3,3 milhões de euros por ano, isto é a Região vai pagar anualmente menos 3,3 milhões de euros no conjunto dos oitos anos, como é uma taxa fixa, registará uma poupança de 26,8 milhões de euros”, frisou.

Este montante, acrescentou Sérgio Ávila, “irá permitir reforçar no mesmo montante as transferências para os hospitais e para as Unidades de Saúde de Ilha, ou seja, a partir do próximo ano, os hospitais e as Unidades de Saúde de Ilha terão disponíveis mais 3,3 milhões de euros por ano”.

“Com a reestruturação em curso, através da extinção da Saudaçor e a passagem dessas obrigações para a Região, beneficiando do rating, mas também assumindo como está previsto no Orçamento de Estado, o Orçamento da Região para o próximo ano, todo o financiamento que está neste momento nos hospitais passará também para a Região, o Executivo estima conseguir em 2020 uma poupança de 8,6 milhões de euros, que será direcionada para os hospitais e Unidades de Saúde de Ilha”, referiu o Vice-Presidente.

O governante anunciou ainda que, “no próximo ano, está previsto um reforço das transferências para os hospitais e Unidades de Saúde de Ilha de 26,5 milhões de euros, face aos montantes de 2018”, consequência da capacidade de reestruturar os financiamentos e obtê-los com taxas muito mais baixas.

De acordo com o Vice-Presidente, este é “um desafio que vencemos e um aproveitamento claro das oportunidades do mercado, no fundo, este é o valor e a credibilidade que os Açores têm nos mercados internacionais”.

Sérgio Ávila salientou ainda que, com o sucesso desta operação, futuramente os Açores poderão aproveitar outra sensibilidade do mercado designada por ‘Green Bound’, através da sua capacidade de sustentabilidade.

GaCS/RL Açores