O Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores, Artur Lima, acusou, esta quarta-feira, PS, PCP e BE de serem “contra a iniciativa popular, contra as festas do Espírito Santo e contra as touradas nos Açores”, lamentando que a primeira proposta legislativa que o Parlamento teve que votar, e que foi apresentada por um grupo de cidadãos açorianos, “tenha levado chumbo da esquerda unida dos Açores”.
Em causa estava a votação do primeiro Projecto de Decreto Legislativo Regional apresentado na Assembleia por um grupo de cidadãos açorianos que visava criar o Regime Jurídico de apoio ao Mordomo, comissão das festas, Impérios e Irmandades na preparação e realização das festas tradicionais e populares do culto do Espírito Santo, que acabou rejeitado por PS, PCP e BE, apesar dos votos favoráveis do CDS, PSD e PPM.
Artur Lima criticou os argumentos utilizados “pela esquerda unida dos Açores” que considerou que a proposta dos cidadãos “era subversiva, tentava institucionalizar e politizar as festas do Espírito Santo”, alegando que a liberdade popular de propor legislação que apenas visava regular as formas de apoio público às tradicionais festas do Espírito Santo na Região.
“Discordamos dos argumentos do Secretário Regional da Educação e Cultura e dos partidos da esquerda que acusaram o povo de apresentar uma iniciativa subversiva e que quer politizar as festas… esta esquerda unida é contra a festa popular, é contra as festas do Espírito Santo e é contra as touradas”, criticou.
Artur Lima referiu os quase 800 mil euros que o Secretário da Cultura atribuiu em 2015 às mais variadas iniciativas culturais, para apelar à esquerda, mas não os convenceu: “Quanto é que o Governo pagou a pedidos que lhe fizeram para os mais variados eventos em 2015? Quem é que avalia as centenas de milhares de euros que a Secretaria deu em 2015? Todos quantos lhe pediram receberam apoios da sua secretaria e o Sr. Secretário agora vem dizer que atribuir apoios às festas populares e tradicionais é abastardar a festa”.
GI CDS-PP Açores/RL Açores