Estado tem obrigação de repor apoio social aos antigos combatentes, defende Félix Rodrigues

O cabeça de lista da Coligação CDS-PP/PPM “Aliança Açores”, Félix Rodrigues, defendeu, esta segunda-feira, que “assim que possível e no quadro de recuperação económica e financeira do País, Portugal deve repor os apoios aos antigos combatentes da Pátria Portuguesa”, salientando que “o patriotismo português se valoriza com memória, justiça e honra”.

Após reunir com a Delegação da Ilha Terceira da Liga dos Combatentes, em Angra do Heroísmo, acompanhado por Artur Lima, Presidente do CDS-PP Açores, e por Graça Silveira, Deputada Regional popular, Félix Rodrigues apontou que “as pessoas devem ser respeitadas” e que “só dignificamos a política se tivermos princípios”.

Assim, prosseguiu, “os ex-combatentes deram a vida pela Pátria Portuguesa numa guerra de borla. Não foram os ex-combatentes que fizeram a guerra; foi Portugal que fez a guerra, mas Portugal tem-se esquecido dos ex-combatentes”.

O cabeça de lista da coligação “Aliança Açores” nas eleições para a Assembleia da República do próximo dia 4 de Outubro, lamentou que haja “uma tendência para deturpar a história, desvalorizando o trabalho destas pessoas”, apontando, por outro lado, que “há questões sociais e de justiça que não têm sido aplicadas no nosso País”, indicando que “há 40 anos que existem ex-combatentes à espera das medalhas que o Estado lhes decidiu atribuir”.

Félix Rodrigues denunciou também que existe legislação aplicável aos ex-combatentes que deixou de ser cumprida em Portugal: “Vivemos num Estado de direito, por isso, ou alteramos as leis, ou somos obrigados a cumpri-las, por uma questão de consciência. Diz a lei que os filhos dos ex-combatentes que foram medalhados pelo Estado não devem pagar propinas nas universidades, só que o País esqueceu-se disto. Não é uma questão de direito. É uma questão de memória. E um povo que não tem memória também não tem honra. Temos que honrar o que fizemos, a nossa história, e precisamos atribuir o respeito que é devido a todos os ex-combatentes que deram a vida pela Pátria, têm problemas psicológicos e familiares por causa da guerra e o Governo desresponsabiliza-se de tudo como se os responsáveis por esta guerra fossem os ex-combatentes”.

Reposição dos apoios

Para Félix Rodrigues mais do que uma simples medida a reposição dos apoios aos antigos combatentes “é uma obrigação do Estado”, sublinhando que “um povo sem memória não tem inteligência, nem honra”.

“A memória prende-se com a nossa história recente associada à descolonização e a todos os que deram a vida pela Pátria, com perdas familiares e com consequências psicológicas ou físicas para muitos portugueses que foram mandados combater para o ultramar. A justiça diz respeito à obrigação que o Estado Português tem de reconhecer o papel desempenhado pelos ex-combatentes prestando-lhes o devido apoio”, afirmou.

Assim sendo, defendeu, “impõe-se que, havendo condições económicas e financeiras, o País deverá repor o apoio financeiro atribuído pelo Estado aos antigos combatentes. Como se sabe foi no desempenho das funções de Ministro da Defesa que Paulo Portas introduziu um apoio aos portugueses que combateram no ultramar. As imposições da troika e a situação a que o PS conduziu o País, levaram a que este apoio social, à semelhança de outros, tivesse sido também reduzido”.

Para o cabeça de lista da coligação CDS/PPM nas eleições Legislativas para a Assembleia da República do próximo dia 4 de Outubro, este “é um compromisso” que assume: “caso seja eleito Deputado à Assembleia da República pelos Açorianos diligenciarei no sentido do Estado Português repor este apoio social aos antigos combatentes pela Pátria”.

GI “Aliança Açores”/RL Açores