Pela primeira vez em décadas os cinco clubes de futebol de São Jorge, Futebol Clube Calheta, Desportivo Velense, Marítimo Velense, Urzelinense e Beira estão unidos perante a Associação de Futebol de Angra do Heroísmo.
Não há árbitros em São Jorge, uma situação que tem afetado todos os escalões, desde a formação aos seniores, e que, segundo os clubes, põe em causa a verdade desportiva.
A situação persiste há cerca de três meses. Desde que se iniciou a época desportiva que a arbitragem tem sido um problema constante no futebol em São Jorge.
Não há árbitros suficientes para arbitrar os jogos, o que tem gerado grande controvérsia em diversas partidas.
Luís Gambão e Décio Teixeira, vice-presidentes do Desportivo Velense e do Futebol Clube Calheta, respetivamente, deram a sua opinião sobre o assunto.
Desde que começou a época os clubes têm-se visto obrigados a arranjar árbitros entre os delegados ao jogo, pessoas que assistem ao jogo ou recorrendo mesmo até aos próprios jogadores.
Situação que poderá vir a gerar conflitos entre as próprias equipas, como explica Cláudio Monteiro, do Marítimo Velense.
Por seu turno, Jorge Leal, do Desportivo da Beira, diz nunca ter visto nada assim e ameaça mesmo abandonar o futebol da ilha caso a situação persista.
Os clubes sugerem mesmo formações ou a vinda de equipas de arbitragem de fora da ilha até a situação estar regularizada.
A RL Açores sabe que esta semana os cinco clubes assinaram e remeteram uma carta à Associação de Futebol de Angra do Heroísmo onde reivindicam a situação.
Os clubes ameaçam que se o assunto não for resolvido, este fim-de-semana podem mesmo não jogar em forma de protesto.
Liliana Andrade/RL Açores