Na última sessão ordinária da Assembleia Municipal, o presidente da Junta de Freguesia dos Rosais, André Ataíde, questionou o presidente do executivo sobre as obras no Edifício Sol que voltaram a parar.
Luís Silveira explicou que o Edifício Sol era uma empreitada que estava adjudicada à empresa municipal Terra de Fajãs em parceria com a Câmara Municipal, a Casa do Povo dos Rosais e o Agrupamento de Escuteiros da freguesia, enunciando os valores que ainda estão em falta por estas entidades.
“O contrato que estava estabelecido com essas entidades, é que as mesmas tinham que passar à Terra de Fajãs determinadas verbas que fazem parte desse contrato”, frisou Luís Silveira, que também explicou que com o encerramento das empresas municipais e com o assumir dos seus passivos pelo próprio município, o contrato mantém-se mas as verbas são entregues agora à Câmara Municipal.
No que diz respeito às verbas em si, o autarca explicou que na parte da Câmara Municipal existiam duas situações, “tinha uma parte que a Câmara punha dinheiro seu na obra e tinha uma parte que era um montante vindo do Governo Regional, uma parte inerente à obra da Junta de Freguesia, da Vice-Presidência do Governo”.
O dinheiro proveniente da Vice-Presidência “já veio na totalidade para a Câmara e já foi investido na obra”, cerca de 90,5 mil euros. “Da parte dos Escuteiros já veio 50 mil euros, mas ainda faltam 100 mil euros”, sendo que “da parte da Casa do Povo veio 50 mil e ainda falta 170 mil euros”, explicou o autarca.
O autarca fez saber que “não é intenção da Câmara avançar com a obra” sem os restantes pagamentos, faltando ao Governo Regional cumprir com a sua parte e atribuir às entidades daquela freguesia os respetivos montantes em falta que têm de ser entregues ao município para que a obra arranque novamente.
No entanto, Luís Silveira advertiu para o facto de aquela obra não poder estar parada por muito mais tempo, uma vez que “o facto de ter estado parada por muito tempo, fez com que se degradasse bastante e foi preciso investir bastante mais dinheiro lá do que o que estava previsto”.
Para Luís Silveira, “a bola agora está do lado das entidades da freguesia”, nomeadamente a Casa do Povo e o Agrupamento de Escuteiros, como afirmou.
O autarca quis dizer com isto que agora cabe a essas entidades resolverem a situação com o Governo Regional, uma vez que “a Câmara não tem qualquer contrato com o Governo mas sim com a Casa do Povo e com os Escuteiros”, salientado ainda que a o Município “não tem condições financeiras para fazer a obra”.
Liliana Andrade/RL Açores