Vice-Presidência do Governo e Escola do Mar dos Açores assinam protocolo para uso de equipamento submarino

A Vice-Presidência do Governo Regional dos Açores, através do Fundo Regional da Ciência e Tecnologia (FRCT), adquiriu um equipamento submarino, um glider, através do “Projeto Pré-definido 2 Observatório do Atlântico – Infraestrutura de Dados e Monitorização”, o qual ficará alocado à Escola do Mar dos Açores (EMA), na ilha do Faial.

Trata-se de um investimento de 300 mil euros, 100% financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Europeu (EEA Grants).

O glider é um veículo autónomo subaquático e apresenta-se, segundo o Vice-Presidente do Governo, “como uma ferramenta chave para o conhecimento do oceano tanto ao nível costeiro como em ambiente aberto e profundo”, permitindo “alargar o conhecimento das características e estruturas oceanográficas que caracterizam os Açores”.

Este equipamento submarino irá explorar uma parte do oceano que não é observável através dos satélites, o que, no entendimento de Artur Lima, é “fundamental para a compreensão do “estado de saúde” do oceano junto ao arquipélago”, através da “obtenção de dados em tempo real com poucos recursos e risco, mesmo em condições de mau tempo”.

O protocolo, celebrado recentemente, pretende que o veículo esteja ao serviço da Região, através da Escola do Mar dos Açores e da sua capacidade técnica de gestão, manutenção e operação remota, em colaboração com a Universidade dos Açores, integrando, ambas as instituições, uma equipa científica de elevada experiência em oceanografia operacional, que ficará responsável pela orientação e integração das missões científicas.

Este projeto, financiado pelo programa EAA Grants, visa ser referência para a observação do Atlântico através de ações como criação de uma infraestrutura digital para recolha de dados, da agregação e intermediação de entidades que operam nas regiões portuguesas, continental e autónoma, e o reforço dos meios existentes de monitorização oceânica na comunidade de investigação marinha portuguesa.

De acordo com Artur Lima, a “observação do Atlântico é um dos principais desafios internacionais, europeu e nacionais, onde os Açores desempenham um papel fundamental como plataforma de conhecimento e Inovação”.

“Desta forma, com a aquisição desta tecnologia, o Governo dos Açores pretende criar e operacionalizar um sistema de observação marinha integrado”, salientou.

GRA/RL