
A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo destacou esta quarta-feira, nas Velas, o programa Vigilante da Natureza Júnior, que, pela primeira vez, integra a oferta educativa dos Açores.
“Um programa que visa fomentar nos jovens Açorianos o interesse e a participação na preservação do património natural e a valorização da atividade dos Vigilantes da Natureza dos Açores”, afirmou Marta Guerreiro, que salientou a importância do programa Parque Escola, que, neste ano letivo, integra 232 ações, incluindo, também pela primeira vez, o ensino universitário.
A titular da pasta do Ambiente, que falava na abertura do XVI Encontro Regional de Educação Ambiental e Seminário Eco-Escolas, acrescentou que “também os projetos LIFE coordenados pela Direção Regional do Ambiente (LIFE IP Azores Natura, LIFE Vidalia e LIFE Beetles) integram a oferta educativa para este ano, com o objetivo de envolver a comunidade estudantil nas atividades de conservação previstas e promover a importância da gestão e conservação da biodiversidade e do nosso património natural”.
Marta Guerreiro frisou que o Parque Escola 2019/2020 “concretiza, assim, os objetivos do PRESAA, abrangendo diversas temáticas, designadamente a rede de áreas protegidas, a diversidade biológica, os recursos naturais, a geodiversidade, a eficiência energética, as alterações climáticas, os resíduos, a qualidade ambiental, o turismo de natureza, o património cultural e os sítios classificados – Rede Natura 2000, Património Mundial, Reservas da Biosfera, Sítios Ramsar, Geoparque, entre outros”.
Na ocasião, a governante fez um balanço do anterior ano letivo (2018/2019), que confirmou que se trata de um “projeto bastante abrangente”, revelando que foram realizadas “1.071 atividades em todas ilhas, envolvendo, no total, 24.080 participantes, entre alunos e professores”.
Outra ação de educação ambiental destacada foi o Parque Aberto, que, em 2018, dinamizou “cerca de 1.700 atividades, abrangendo todas as ilhas e tendo mobilizado 45 mil pessoas”.
Na cerimónia desta quarta-feira foram galardoadas 56 escolas dos Açores, de um conjunto de sete dezenas de estabelecimentos de ensino que, segundo Marta Guerreiro, “participam com regularidade no projeto”.
“Todos estes projetos – e os seus bons resultados – têm promovido a cooperação e partilha e têm permitido desenvolver um importante sentido mobilizador de diversas instituições em termos das questões ambientais e da afirmação dos objetivos do desenvolvimento sustentável”, frisou.
A Secretária Regional assegurou que “educar para o ambiente é uma matéria que está na agenda regional”, permitindo uma reflexão “sobre o contributo que todos nós – governo, autarquias, empresas e cidadãos – podemos e devemos ter com os nossos comportamentos e com as opções que escolhemos para o nosso modo de vida”.
“Na nossa Região, acreditamos que a crescente participação da sociedade civil nas questões ambientais é também fruto da nossa aposta na educação ambiental, na educação para um desenvolvimento sustentável, nos vários programas e atividades curriculares e extracurriculares dos vários graus de ensino”, reforçou Marta Guerreiro, acrescentando que, durante as últimas duas décadas, foram desenvolvidas “ferramentas e infraestruturas que permitiram que o conhecimento fosse o principal aliado da construção de uma cidadania ativa”.
“Se as políticas públicas são a base de uma estratégia comum, a construção de uma consciência coletiva e uma cidadania participativa são tão ou mais importantes”, sublinhou a Secretária Regional.
GaCS/RL Açores