Zuraida Soares acusou o Governo Regional de discriminar os trabalhadores da Lotaçor em relação aos trabalhadores de outras empresas públicas do sector do mar, e de favorecer alguns trabalhadores dentro da própria empresa. Em causa estão aumentos de rendimentos apenas para alguns trabalhadores, selecionados de forma discricionária.
Os trabalhadores da Lotaçor continuam sem receber diuturnidades, ao contrário do que está a acontecer noutras empresas públicas ligadas à actividade marítima, situação que levou à entrega de um abaixo-assinado à presidência do Governo Regional, por parte destes trabalhadores, que reivindicam igualdade de tratamento.
Além disso, as discriminações acontecem também dentro da própria Lotaçor, uma vez que “alguns, sob o pretexto de uma tal ‘requalificação’, que ninguém sabe o que é, têm aumento de vencimentos, ao passo que todos os outros não têm aumento de ordenados”, disse a candidata do BE.
“Até quando é que esta ilegalidade e este discricionarimos dos trabalhadores da Lotaçor vai continuar? Até quando é que o Governo Regional vai fechar os olhos à ilegalidade, à prepotência e ao amiguismo?”, questionou Zuraida Soares.
As denúncias foram feitas esta quinta-feira, na Graciosa, onde a comitiva do BE reuniu com a Associação de Pescadores Graciosenses.
No que diz respeito à pesca, Zuraida Soares mostrou-se surpreendida com as afirmações proferidas ontem por Vasco Cordeiro, que, uma semana antes das eleições, prometeu o recurso aos fundos estruturais da União Europeia, caso haja nova redução de quota de pesca, para compensar a perda de rendimentos dos pescadores: “Onde é que estava Vasco Cordeiro há três meses atrás?”, quando o Bloco de Esquerda defendeu o recurso a estes fundos europeus para compensar os pescadores pela perda de rendimentos, devido à diminuição da quota do goraz.
Ricardo Toste, cabeça de lista do BE na Graciosa exigiu respeito pelos pescadores e pelas suas famílias, e salientou a importância do setor da pesca para a ilha Graciosa e para a Região.
GI BE Açores/RL Açores