Bloco vai propor ampliação profunda da Unidade de Hemodiálise do HDES para preparar o serviço para as próximas décadas

O Bloco de Esquerda anunciou que vai propor, no Orçamento da Região para o próximo ano, uma alteração profunda às instalações da Unidade de Hemodiálise do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, que dê capacidade para responder às necessidades durante as próximas décadas. A solução pode passar por uma grande ampliação do atual espaço ou pela construção de uma nova infraestrutura de raiz.

No final de uma visita à Unidade de Hemodiálise do HDES – que aconteceu também depois de o Bloco visitar estas unidades no hospital da Horta e no hospital da Terceira – António Lima, deputado do Bloco, considerou que “a necesidade de ampliar esta unidade hemodiálise ou até criar um novo edifício de raiz no HDES é urgente”.

O deputado reconhece o “grande esforço dos profissionais e da própria administração em tornar este espaço melhor”, mas alerta que “há grandes dificuldades do ponto de vista estrutural, ou seja, do espaço, o que gera enorme constrangimento ao trabalho”.

António Lima assinalou que o número de doentes a realizar hemodiálise tem crescido muito ao longo dos anos e prevê-se que continue a crescer, o que torna a realização de uma obra profunda ainda mais necessária.

Atualmente, no verão, onde há um aumento da procura, por haver muitos visitantes em São Miguel que precisam de hemodiálise, o serviço já fica sob pressão.

António Lima, lembra que estes investimentos “não são apenas betão, são espaços fundamentais para os doentes”.

Ainda no que diz respeito ao serviço que é prestado aos doentes que precisam de hemodiálise, o Bloco alerta para as dificuldades que se têm verificado com o transporte.

António Lima aponta a “falta de recursos dos bombeiros” e diz que “a tutela tem que acautelar esta questão, tem que intervir e resolver, e em última análise encontrar as soluções e os recursos para os bombeiros poderem assegurar este serviço”.

“Não é aceitável que um doente que esteve 4 horas a fazer hemodiálise, fique mais uma hora ou mais de uma hora à espera de transporte”, salientou.

António Lima referiu ainda a falta de recursos humanos no serviço de hemodiálise: “Há uma grande necessidade de enfermeiros. É um serviço que precisa de muitos enfermeiros, com experiência”.

GI BE Açores/ RL Açores