
Os deputados do PSD/Açores consideraram esta segunda-feira que o inquérito às evacuações médicas ocorridas em fevereiro de 2017 é um caso que demonstra “o culminar de um indisfarçável processo de degradação política do Governo Regional do Partido Socialista”.
Em conferência de imprensa, Mónica Seidi criticou o presidente do governo regional por ter “dado cobertura política aos abusos de poder verificados neste caso, como já deu a outros ocorridos anteriormente. O Governo Regional dos Açores tem hoje uma liderança frágil e sem autoridade”, afirmou a social-democrata.
“Mesmo com um inquérito repleto de provas de interferências ilegítimas, o Presidente do Governo recusou apontar responsáveis” e, ao não tirar consequências políticas do caso, “tornou-se cúmplice dos abusos de poder cometidos”, referiu.
“Apesar dos factos muito graves apurados pelo inquérito da Inspeção Regional de Saúde, o senhor Presidente do Governo preferiu que a culpa morresse solteira”, lamentou.
Para a deputada do PSD/Açores, a governação do PS nos Açores “entrou em falência política e moral”, numa situação “que não deixa margem para dúvidas, pois ficou provado que diversas pessoas – alheias ao processo – interferiram na decisão da médica reguladora, a única a quem competia tomar decisões”.
No caso em apreço, “foram quebradas todas as regras em benefício da familiar de uma gestora pública nomeada pelo Governo do PS. Para cúmulo, o Secretário Regional da Saúde interferiu na evacuação médica, sem ter qualquer autoridade legal ou técnica”, lembrou.
“Se Vasco Cordeiro ainda tivesse algum sentido de decência política, já teria percebido há muito tempo que o Secretário Regional da Saúde deixou de ter condições para continuar no cargo”, disse a deputada, frisando que Rui Luís “abafou este caso, ao não abrir um inquérito na altura. Desde esse dia, o Secretário Regional da Saúde perdeu toda a credibilidade para desempenhar quaisquer funções públicas”, sublinhou Mónica Seidi.
“Além de ter tentado abafar o caso, sabe-se agora que Rui Luís também interferiu na evacuação médica, tendo ainda o desplante de dizer que tinha legitimidade para interferir em evacuações médicas”, acrescentou a deputada.
“Por este andar, o ainda Secretário Regional da Saúde pode até passar a telefonar para os hospitais, dizendo quais são os doentes que devem ter prioridade para serem operado. Pelo que resta aos açorianos assistir, nos próximos dois anos, ao definhar de alguém que está politicamente acabado”, considerou.
Mónica Seidi não deixou de lembrar que “a incapacidade política de Vasco Cordeiro pôs em causa a confiança que os açorianos devem ter no sistema de evacuações médicas, que já ajudou tantas pessoas, e que funciona bem”.
Para os parlamentares social democratas, ao fim de 22 anos de poder, as instituições da nossa Autonomia “deixaram de estar ao serviço dos açorianos. Estão agora apenas ao serviço dos familiares e protegidos do Partido Socialista”, concluíram.
GI PSD Açores/RL Açores