O tempo acabará por dizer qual o verdadeiro negócio por detrás das low-cost nos Açores, considera o BE

O presidente da Ryanair, Michael O’Leary, declarou na quarta-feira, numa conferência de imprensa realizada em Lisboa, que apresentou uma proposta para voar para a ilha Terceira, a qual foi recusada pelo Governo da República, “sem qualquer explicação”.

Em comunicado, o Bloco de Esquerda/Açores relembra que, “ainda há menos de um mês, Vasco Cordeiro e Vitor Fraga, por um lado, bem como Duarte Freitas e Artur Lima, pelo outro, se atropelavam uns aos outros para ficarem na fotografia da ‘boa nova’: darem aos/às Terceirenses, em primeira mão, a notícia de que as ‘low cost’ começariam a voar também para a ilha Terceira, muito em breve, provando, assim, qual deles teria maior influência política”.

“Pelos vistos, foram unicamente os interesses eleitorais que determinaram toda esta barafunda e atropelo para a fotografia”, critica o Bloco de Esquerda.

Os bloquista estranham ainda que, face às declarações do presidente da Ryanair, vindas agora a público, “os mesmos responsáveis políticos não se apressem em esclarecer que, afinal, tinham mentido aos/às Açorianos/as, em geral, e aos/às Terceirenses, em particular”.

Para o BE/Açores, “o tempo acabará por nos mostrar qual o verdadeiro negócio que está por detrás dos voos Low-Cost. E a primeira pergunta a fazer – entre outras que vamos dirigir ao Governo Regional – é esta: “As companhias low-cost mudaram de opinião sobre o seu interesse em voar para os Açores? Ou apenas o fazem à custa de contrapartidas?””

“O que interessa – hoje como sempre -, é que se fale verdade aos/às Açorianos/as. E, já agora, que se ponha fim a esta vergonha de anúncios a granel para eleitor/a ler ou ouvir!”, conclui o comunicado do Bloco de Esquerda.

GI BE Açores/RL Açores