O parlamento dos Açores chumbou esta quinta-feira uma iniciativa do Bloco de Esquerda, que pretendia a atribuição de um apoio financeiro a pescadores e armadores durante a cessação temporária de atividades de pesca, nomeadamente na captura do goraz, que está em vigor de 15 de janeiro a … de fevereiro.
A deputada Zuraida Soares queria que este apoio fosse concedido com recurso a fundos comunitários, nomeadamente ao FEAMP, afirmando não compreender porque é que o mecanismo nunca é acionado.
Para Gui Meneses, o Secretário Regional do Mar, o objetivo destas paragens prende-se apenas com uma melhor gestão da quota.
Gui Meneses considerou que desta forma o Governo está a apoiar os pescadores.
O titular da pasta das Pescas afirmou que foi realizado um “balanço completo” da gestão da quota em 2016, frisando que logo após o período de defeso, que terminou a 29 de fevereiro, “houve um aumento abrupto das capturas, sendo que o efeito desta medida, do ponto de vista económico, se perdeu”.
Nesse sentido, referiu que em março de 2016 o preço médio do goraz em lota foi de 8 euros, enquanto que no mês de dezembro foi de 21 euros, acrescentando, contudo, que o primeiro trimestre foi o período do ano em que se capturou mais goraz na Região, nomeadamente 117 toneladas.
Já Zuraida Soares acusou o Governo de “grande trapalhada” na gestão da pesca do goraz.
José Ávila, deputado socialista, relembrou que o rendimento dos pescadores aumentou com estas paragens.
Já Zuraida Soares discordou.
Jaime Vieira, do PSD mostrou-se preocupado com a quebra financeira dos pescadores.
Paulo Estêvão recorda que apenas há dois meses o Governo defendia algo diferente.
A proposta foi chumbada com os votos contra do Partido Socialista, tendo os restantes partidos votado a favor da medida.
Liliana Andrade/RL Açores