A deputada do PSD/Açores, Mónica Seidi, pediu um conjunto de esclarecimentos ao Governo Regional sobre a situação atual das Listas de Espera Cirúrgica no arquipélago, tendo em conta “o incumprimento verificado no Sistema Informático de Gestão da Lista de Inscritos para Cirurgia dos Açores (SIGLICA), que tem afetado muitos utentes das nossas ilhas”, afirmou.
A social democrata lembra que o (SIGLICA) “é o único meio para obtenção dos dados relativos aos utentes inscritos para cirurgia nos Açores”, referindo que os últimos dados existentes “já remontam a maio de 2018 e, assim mesmo, existem porque foi o PSD a pedi-los”.
“Consideramos que isso é lamentável, afinal os açorianos têm todo o direito a saber o seu posicionamento nas listas de espera”, pelo que “condenamos toda a falta de transparência que tem caracterizado este processo”, adianta Mónica Seidi.
“Há um claro incumprimento, da parte do governo regional, mesmo sobre o que é criado pelo próprio governo, como o despacho normativo que refere que se devem notificar mensalmente os utentes, por SMS, da sua ordem na lista de inscritos para cirurgia, de acordo com o SIGLICA”, considera.
“Esse mesmo despacho refere que, até dia 5 de cada mês, deviam ser publicados na página oficial da Secretaria Regional da Saúde, o número de utentes em lista de espera cirúrgica, incluindo todos os doentes, independentemente do tempo de inscrição ou tipo de bloco operatório e anestesia necessários”, acrescenta.
“O último SIGLICA publicado tem data de 19 de junho de 2018, reportando-se à informação de maio do mesmo ano. Desde então, nunca mais se verificou a sua atualização online”, adiantou.
O PSD/Açores quer igualmente saber qual a data de inscrição do doente inscrito para cirurgia há mais tempo e a que especialidade cirúrgica diz respeito, bem como qual o Tempo Máximo de Resposta Garantida TMRG, por especialidade cirúrgica, em cada um dos três Hospitais da Região.
“Face ao não cumprimento dos TMRG, é preciso saber quantos doentes inscritos para cirurgia foram encaminhados para outra entidade do SRS ou para outra entidade convencionada, e em que especialidades isso aconteceu””, sublinhou.
O requerimento entregue na ALRAA solicita ainda “a discriminação dos atos cirúrgicos realizados em contexto de Produção Adicional – algo que o PSD defende desde 2013, e que o governo demorou dois anos a implementar -, por especialidade cirúrgica, nos três hospitais da Região, desde 2016 e até ao presente”, conclui Mónica Seidi.
GI PSD Açores/RL Açores