
O PSD/Açores quer saber para quando está prevista a realização da empreitada de melhoria da operacionalidade e segurança do Aeródromo do Pico, “uma intervenção que consta da Carta Regional das Obras Públicas 2020 (CROP), com início de procedimentos de contratação para o 2º semestre de 2015. Queremos também saber qual é o valor da obra, que trabalhos serão realizados e que equipamentos vão ser instalados no âmbito da empreitada”, avançou o deputado Cláudio Lopes.
Num requerimento enviado à Assembleia Legislativa, o social democrata questiona o Governo Regional sobre os investimentos a fazer naquela infraestrutura, considerando “que tardam em realizar-se várias intervenções previstas e há muito anunciadas para o Aeroporto do Pico, atrasando o desenvolvimento de uma ferramenta essencial para a economia da ilha”, acusa.
“A pista tem algumas restrições de operacionalidade há bastante tempo. E foi já em 2006 que o Governo Regional mandatou a SATA – Gestão de Aeródromos, S.A. para adquirir um equipamento Instrument Landing System (ILS), o que foi adjudicado em julho de 2008. Queremos saber para quando está prevista a certificação da pista, passados que são quase 10 anos sobre o compromisso da aquisição e instalação desse equipamento”, adianta o deputado.
Cláudio Lopes lembra que o aeroporto do Pico foi “completamente reestruturado em 2004”, e passou a receber voos da TAP “em abril de 2005, inaugurando-se assim uma nova Gateway nos Açores, o que potenciou bastante a utilização daquela acessibilidade aeroportuária, bem como o progresso social e económico do Pico”.
“Desde essa altura, o fluxo de passageiros embarcados e desembarcados no Pico, cresceu muito, tendo-se mantido, de forma sustentada, crescimentos anuais, o que tem influenciou positivamente a economia local, nomeadamente no setor do turismo. Daí que não se entendam as demoras do Governo Regional em melhorar a operacionalidade e a segurança do aeroporto”.
“Segundo a atual CROP, deviam ter avançado em 2015 a regularização da faixa STRIP no fim da pista 27, a regularização do terreno no fim da clearway da pista 27, de taludes e de arranjos exteriores, melhorias do equipamento meteo, a instalação de equipamento AVAC e de equipamento LAG. Há uma empreitada de 1,3 milhões de euros, cujo início de procedimentos de contratação devia ter acontecido no segundo semestre de 2015”, recorda Cláudio Lopes.
“Mas, na primeira versão do documento, o início de procedimentos de contratação de uma empreitada para trabalhos semelhantes, estava previsto para o segundo semestre de 2013. Houve um concurso público lançado pela SATA – Gestão de Aeródromos, S.A., no valor de 194 mil euros, que incluía a movimentação de terras para a instalação do ILS no aeroporto do Pico, que foi suspenso, e cujo novo prazo de entregas foi, entretanto, ultrapassado”, refere o parlamentar.
Segundo Cláudio Lopes, “a melhoria das condições de operacionalidade e de segurança do aeroporto é decisiva para a qualidade de vida dos picoenses e para a economia da ilha, pelo que se exige do Governo Regional uma explicação por todos estes atrasos”, concluiu.
GI PSD Açores/RL Açores