
O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou hoje que a recuperação financeira alcançada pelo setor cooperativo na ilha de São Jorge nos últimos anos, além de constituir um exemplo de que é sempre possível fazer mais e melhor, e de que o trabalho em parceria é fundamental para ultrapassar dificuldades, é, sobretudo, um marco gerador de confiança para o futuro do setor leiteiro.
“Se recuarmos a 2014, estávamos numa situação complexa, com dívidas aos produtores de leite por parte das cooperativas, resultados de exploração negativos, a produção de leite era de 27,3 milhões de litros, existia desânimo e incerteza em relação ao futuro”, referiu João Ponte, acrescentando que atualmente a realidade é muito diferente para melhor, a todos os níveis.
O governante, que falava à margem de uma reunião com a Direção da UNIQUEIJO – União de Cooperativas Agrícolas de Lacticínios de São Jorge, no primeiro dia da visita do Governo a esta ilha, destacou que, na atual legislatura, a média de produção de leite em São Jorge ronda os 30 milhões de litros anuais e registou-se uma recuperação de 11% na valorização do preço do queijo, um aspeto decisivo para a diminuição do passivo do setor cooperativo, sendo que, nos últimos quatro anos, foi possível reduzir em 2,5 milhões de euros.
Por outro lado, João Ponte salientou que, entre 2014 e 2018, registou-se um aumento de quase 34% da quantidade de queijo de São Jorge com Denominação de Origem Protegida (DOP) certificado, fruto da aposta que o setor cooperativo tem vindo a fazer na qualidade e na valorização do produto.
Para o Secretário Regional, esta dinâmica positiva tem sido essencial para o desenvolvimento agrícola da ilha de São Jorge, para a criação de riqueza e de emprego.
O titular da pasta da Agricultura destacou ainda que, nesta legislatura, o Governo Regional já apoiou em mais de um milhão de euros o setor cooperativo jorgense, designadamente a UNIQUEIJO e a Cooperativa Agrícola de Lacticínios dos Lourais, uma ajuda que é para continuar, dada a importância económica e social do setor cooperativo para a ilha de São Jorge.
“Tudo o que for feito com o intuito de melhorar o rendimento dos agricultores, reduzir custos de produção e valorizar as nossas produções é seguramente positivo e merece ser apoiado e estimulado”, frisou João Ponte.
GaCS/RL Açores