O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas congratulou-se com o reconhecimento feito pelo Conselho Mundial das Casas dos Açores (CMCA) ao trabalho de parceria desenvolvido com o Governo dos Açores, numa relação baseada na “convergência estratégica, apoio e respeito pela autonomia de cada instituição”.
Rodrigo Oliveira, que falava sábado numa cerimónia que decorreu na Fajazinha, no concelho das Lajes das Flores, considerou que as conclusões do CMCA devem ser, acima de tudo, “perspetivadas como um estímulo a todos os que trabalham com enorme dedicação no Governo dos Açores, em especial na Direção Regional das Comunidades, para que seja continuamente aperfeiçoada esta parceria e reforçados os laços que nos ligam à diáspora açoriana”.
Nas conclusões da XIX Assembleia Geral, que decorreu nas Flores e no Corvo, o CMCA decidiu “saudar a consolidação crescente do papel do Conselho Mundial das Casas dos Açores em representação das comunidades açorianas, quer em atos oficiais, como seja no Conselho das Comunidades Portuguesas ou na celebração do Dia dos Açores, quer materialmente, na participação da vida das Casas, bem como na formação dos seus dirigentes, promovida pela Direção Regional das Comunidades”.
O CMCA, segundo o documento final da reunião, apresentado pelo Presidente do Conselho Mundial, Rogério Medeiros, da Casa dos Açores de S. Paulo, decidiu ainda “destacar a importância da aproximação que têm as Casas procurado fazer dos seus jovens aos temas associativos e das suas comunidades, assim como o investimento na sua formação pela Direção Regional das Comunidades”.
Nesta reunião realizada no Grupo Ocidental, o Conselho Mundial das Casas dos Açores decidiu admitir como membro a Associação Amigos da Casa dos Açores da Bermuda, devendo agora a instituição “conformar a sua denominação até à próxima Assembleia Geral para Casa dos Açores da Bermuda”.
Rodrigo Oliveira manifestou ao representante da associação, Américo Vieira “uma grande satisfação por ver alargada a família do Conselho Mundial das Casas dos Açores a 14 membros e, em especial, às Bermudas, terra de acolhimento de tantos Açorianos” e enviou à Presidente da Casa dos Açores da Bermuda, Andrea Moniz DeSouza, bem como a todos os dirigentes e associados, um “abraço fraterno de felicitação”.
Nesta cerimónia realizada na Fajazinha foi atribuída a Medalha de Mérito do Conselho Mundial em 2016 à Universidade dos Açores, tendo o Subsecretário Regional evocado, a propósito, a figura de José Enes, fundador e primeiro Reitor, “filósofo com um pensamento estratégico da Universidade e da Região em função da sua inserção atlântica, da Açorianidade e da projeção das suas comunidades”.
O Subsecretário Regional destacou também as medalhas atribuídas a Manuel Medeiros, fundador da Casa dos Açores de São Paulo, “pelo seu papel dinamizador e determinante para preservar a Açorianidade numa grande metrópole”, e à empresa ARPREX/MAJAM, como exemplo “dos homens de negócios e empresas da diáspora, pelo emprego que deram aos emigrantes açorianos e pelo apoio que dispensaram à preservação das tradições”.
O CMCA distinguiu com o certificado de ‘Produto Açoriano de Qualidade’ o trabalho em miolo de hortência, que foi recebido por Maria Azevedo, artesã da ilha das Flores, uma justa distinção que Rodrigo Oliveira frisou que deve ser vista “como um incentivo ao artesanato dos Açores, como mostra da nossa autenticidade e riqueza”.
Rodrigo Oliveira salientou ainda o sucesso deste encontro das 14 Casas dos Açores, cuja “importância” de ter sido realizado nas Flores e no Corvo foi louvada pelo CMCA “atenta à necessidade de chegar mais próximo destas comunidades para que o Conselho melhor apreenda a realidade das mesmas e os seus representantes conheçam a dinâmica do Conselho e suas Casas, permitindo uma convergência de esforços ambas para a consecução dos seus fins”.
“Esta cerimónia, ao final da tarde e ao ar livre, aqui na Fajãzinha, nas Lajes das Flores, o concelho mais ocidental da Europa, depois dos nossos trabalhos terem passado por Santa Cruz das Flores e pela ilha do Corvo, encontra na sua simplicidade e na impressionante moldura natural desta paisagem, o simbolismo da Açorianidade”, afirmou o Subsecretário Regional, apelando aos representantes das Casas dos Açores para que “sejam portadores de um abraço fraterno para todas as vossas e nossas comunidades”.
No final da cerimónia, que contou com a presença de deputados à Assembleia Legislativa e dos presidentes das câmaras municipais das Lages e de Santa Cruz das Flores, a presidência do CMCA passou para a Presidente da Casa dos Açores de Toronto, Suzanne Cunha.
O Conselho Mundial das Casas dos Açores, fundado em 1997, é constituído pelas Casas dos Açores do Norte, de Lisboa e do Algarve, em Portugal continental, do Winnipeg, do Quebeque e do Ontário, no Canadá, de Hilmar e de Nova Inglaterra, nos EUA, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, no Brasil, do Uruguai e, ainda, das Bermudas, sendo também membro do CMCA a Direção Regional das Comunidades do Governo dos Açores.
GaCS