O cabeça de lista da Coligação CDS-PP/PPM “Aliança Açores”, Félix Rodrigues, comprometeu-se, esta quinta-feira, a “mover influências” no sentido da República, no âmbito das medidas compensadoras pela redução do contingente militar na Base das Lajes, promover a realização de, “pelo menos, um voo charter por semana” para a ilha Terceira, registando que o Governo Regional tem descurado esta possibilidade.
Após reunir com a direção da Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo, Félix Rodrigues criticou “as discussões públicas nefastas” que têm prejudicado as negociações que estão a ser desenvolvidas entre a República e companhias low cost para voarem para a Terceira e apontou que “se a Região não aposta na Terceira, a República tem responsabilidades que tem que assumir”.
“No âmbito das medidas mitigadoras do impacto da redução de norte-americanos na ilha Terceira o Governo da República deve assumir responsabilidades e encontrar voos charter para a ilha, pelo menos, uma vez por semana”, afirmou.
O cabeça de lista da coligação CDS/PPM registou “os benefícios económicos” da aposta que o Governo Regional tem feito em operações charter do centro da Europa para a ilha de São Miguel, lamentando, ao mesmo tempo, que não faça semelhante aposta política para a Terceira: “É sabido que o Governo Regional tem tido uma política de charters para São Miguel que tem produzido efeitos benéficos na economia açoriana, mas não o faz para a ilha Terceira. Assim, exige-se que a República, no âmbito da diminuição efetiva dos impactos decorrentes da saída das forças militares americanas nas Lajes, através do Ministério da Economia ou do Turismo de Portugal promovam a realização de voos charter para a Terceira, porque, pelo menos um voo por semana, permite alterar a sazonalidade do turismo na ilha e garantir a sustentabilidade deste setor”.
Assim, acrescentou Félix Rodrigues, “precisamos falar a uma só voz para sermos pragmáticos na resolução destes problemas. Compete a um Deputado dos Açores na Assembleia da República mover influências, quer junto do Governo da República, quer na própria Assembleia, para que sejam consequentes e eficazes estas medidas de compensação económica da perda de rendimento da ilha Terceira. Um Deputado na República não tem competência para anunciar operações de low cost, mas pode influenciar à tomada de decisões políticas que beneficiem a economia da Região”.
O candidato da coligação “Aliança Açores” entende que “o desenvolvimento dos Açores se consegue, em grande medida, pelas acessibilidades”, e, no caso particular da ilha da Terceira, “que vive momentos difíceis de desenvolvimento associado à redução do contingente militar americano, necessita de um olhar especial no que se refere aos transportes, até na sequência de uma liberalização do espaço aéreo para esta ilha que até agora não se traduziu num mercado atrativo para as companhias de baixo custo”.
“Para desenvolvermos a ilha Terceira temos que atender às acessibilidades com o exterior da Região. Estas acessibilidades tem tido demasiadas discussões públicas que tem sido nefastas às negociações em curso, porque, importa não esquecer, há decisões políticas e decisões empresariais que tem que ser tomadas neste processo. A decisão política já foi tomada quando se decidiu liberalizar o espaço aéreo. Quanto ao resto não compete aos políticos. A decisão que falta agora é a decisão empresarial.
A única coisa que os políticos podem fazer é criar as condições para que a decisão das companhias possa ser favorável ao desenvolvimento dos Açores e, em particular, da ilha Terceira”, finalizou Félix Rodrigues.
GI “Aliança Açores”/RL Açores